https://pt.wikipedia.org/wiki/Corrup%C3%A7%C3%A3o_no_Brasil
A corrupção é um fenômeno histórico universal, presente desde a Antiguidade (Grécia, Roma, China, Egito), manifestando-se como desvio de recursos, favorecimento de elites e violação da res publica, e evoluindo para formas mais complexas com o Estado moderno, mas mantendo raízes em práticas coloniais no Brasil, como patrimonialismo e clientelismo, que persistiram após a independência e na República.
- Preocupação com o Bem Comum: Gregos (diaphthora) e Romanos (corruptione) já legislavam contra práticas corruptas, entendidas como doença da sociedade e ameaça ao bem público.
- Exemplos: Catilina, na República Romana, conspirou contra o Estado, revelando o desvirtuamento político da época, segundo Cícero.
- Patrimonialismo e Clientelismo: A colonização criou uma cultura de concessão de cargos e confusão entre público/privado, que se perpetuou.
- Corrupção em Obras Públicas: No Império, projetos de ferrovias foram marcados por desperdício e favorecimento de elites, como no governo de D. Pedro II.
- Contrabando: Desde o período colonial, o desvio de impostos (o "quinto" do ouro) era uma prática comum.
- Continuidade: A proclamação da República não mudou os valores, mantendo o patrimonialismo e o clientelismo, com casos de propina em concessões (ferrovias).
- Ditadura Militar: Houve casos de corrupção envolvendo militares e desvios em fundos de pensão estatais, com grandes prejuízos e fraudes.
- Operação Lava Jato: Esquemas complexos envolvendo desvios em estatais (Petrobras), uso de obras de arte para lavagem de dinheiro e corrupção de políticos.
- Fundos de Pensão: Desvios em fundos como PREVI (BB) e Postalis (Correios), com contratos fraudulentos e prejuízos bilionários.
- Fatores: Baixo desenvolvimento econômico, alta desigualdade social e fraquezas humanas.
- Raízes Culturais: No Brasil, práticas como clientelismo e patrimonialismo criaram um terreno fértil para a corrupção, persistindo mesmo com mudanças políticas.