quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Michel Eyquem de Montaigne 20171009103659

Um argumento oportunista e lembrando alguns filósofos

Um Argumento oportunista e lembrando alguns filósofos

 

Uma forma agressiva contra qualquer pessoa é dizer que faltou à Ética, disso ou daquilo, deste ou daquele modo. O que se percebe, contudo, é que esse dardo é usado contra desafetos, inimigos, obstáculos a conveniências.

Tudo tem limites e é muito difícil alguém aceitar situações que a prejudicaram.

Com certeza na vida pessoal e na pública todos têm prioridades, algumas, talvez, inimagináveis a seu ambiente social.

Os segredos e as decisões que tomamos dependem das responsabilidades que tivermos.

Poucas pessoas poderão dizer que respeitam rigorosamente figurinos morais, que têm ética definida e consciente e não a transgredem.

Com a mesma facilidade com que acusam, escondem o que fazem.

Podemos imaginar as variações de pessoas cujos passos foram de domínio público.

Bertrand Russell em sua luta por uma sociedade justa e feliz teve imensas dificuldades de sobreviver, ganhou um espaço na memória da Humanidade justo e merecido.

Do blog Paulopes (Lopes) temos um excelente resumo de suas orientações:

1 - Não tenha certeza de nada.

2 - Não considere que valha a pena esconder evidências, pois elas inevitavelmente virão à luz.

3 - Nunca tente desencorajar o pensamento, pois assim com certeza obterá sucesso.

4 - Quando encontrar oposição, mesmo que seja de seu cônjuge ou de suas crianças, esforce para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, porque uma vitória que dependente da autoridade é irreal e ilusória.

5 - Não tenha respeito pela autoridade dos outros, porque há sempre autoridades contrárias.

6 - Não use o poder para suprimir opiniões que considere perniciosas, pois as opiniões vão lhe suprimir.

7 - Não tenha medo de possuir opiniões excêntricas, porque todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas.

8 - Encontre mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, porque, se valorizar a inteligência, chegará a um acordo proveitoso e profundo.

9 - Seja escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentar escondê-la.

10 - Não tenha inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.

Fã de Bertrand Russel desde o primeiro livro que li e perdi (emprestando) na década de sessenta tenho por esse filósofo tremenda admiração e o lamento de que sejam tão raros aqueles que se interessem por sua obra.

Infelizmente virou moda empresas falarem sem vigilância em “códigos de ética”. Essa tem sido uma forma mercantil de vulgarização e desmoralização do que podemos entender por ética. Empresas são comandadas por pessoas dedicadas ao lucro...

Principalmente consultores de “internet” propagam a ideia da bondade, de atitudes respeitosas e carinhosas e valorização das pessoas em qualquer circunstância.

Na vida prática, entretanto, precisamos estar em sintonia com as empresas em que trabalharmos ou simplesmente sair.

O ideal é estar em paz com a própria consciência. O preço poderá ser elevado, mas vale a pena.

Michel Foucaut publicou livros e outros escritos a partir de suas aulas. Seminários anuais no Collège de France eram acontecimentos gravados e alguns registrados em livros Sua última apresentação foi transformada em livro (Foucault), imperdível[1]. Michel Foucalt teve uma vida de conflitos pessoais enormes e no ambiente profissional enfrentou catedráticos que discordavam de suas palestras e livros procurando desconstruí-lo como filósofo. Não era um simples filósofo, mas um pesquisador que ia ao campo e colocava questões polêmicas, aliás um típico francês.

O Jornalismo Investigativo é uma atividade de alto risco, o que Foucault fez com propósitos de análise construtiva.

A verdade pode ser letal, como podemos ver nos países ditatoriais ou controlados por criminosos. A hipocrisia é uma condição de sobrevivência, ou simplesmente migração para o seio de nações realmente livres e tolerantes.

As ditaduras espantam os pensadores...



[1] O curso intitulado “A Coragem da Verdade” é o último ministrado por Michel Foucault no Collège de France, de fevereiro a março de 1984. Ele morre meses depois, no dia 25 de junho. Tal contexto convida a ver nessas lições um testamento filosófico, tanto mais que o tema da morte é muito presente. Este curso continua e radicaliza as análises feitas no ano anterior. Tratavase então de interrogar a função do “dizeraverdade” na política, a fim de estabelecer, para a democracia, certo número de condições éticas irredutíveis às regras formais do consenso: coragem e convicção. Com os cínicos, essa manifestação do verdadeiro não se inscreve mais simplesmente por meio de uma tomada de palavra arriscada, mas na própria espessura da existência. De fato, Foucault propõe um estudo renovado do cinismo antigo como filosofia prática, atletismo da verdade, provocação pública, soberania ascética. O escândalo da verdadeira vida é construído então como oposto ao platonismo e a seu mundo transcendente de Formas inteligívei

Fonte: https://www.google.com/shopping/product/10155728497365110921?q=e-book+-+curso+a+coragem+da+verdade+-+michel+foucault&prds=eto:4496323923793266052_0;146723997377567674_0;13458400011676393091_0&sa=X&ved=0ahUKEwjCpI_h-430AhWlr5UCHYd-BVQQ9pwGCAc

Foucault, M. (s.d.). A coragem da verdade. WMF Martins Fonte. doi:978-8578274764



[1] O curso intitulado “A Coragem da Verdade” é o último ministrado por Michel Foucault no Collège de France, de fevereiro a março de 1984. Ele morre meses depois, no dia 25 de junho. Tal contexto convida a ver nessas lições um testamento filosófico, tanto mais que o tema da morte é muito presente. Este curso continua e radicaliza as análises feitas no ano anterior. Tratavase então de interrogar a função do “dizeraverdade” na política, a fim de estabelecer, para a democracia, certo número de condições éticas irredutíveis às regras formais do consenso: coragem e convicção. Com os cínicos, essa manifestação do verdadeiro não se inscreve mais simplesmente por meio de uma tomada de palavra arriscada, mas na própria espessura da existência. De fato, Foucault propõe um estudo renovado do cinismo antigo como filosofia prática, atletismo da verdade, provocação pública, soberania ascética. O escândalo da verdadeira vida é construído então como oposto ao platonismo e a seu mundo transcendente de Formas inteligívei

Fonte: https://www.google.com/shopping/product/10155728497365110921?q=e-book+-+curso+a+coragem+da+verdade+-+michel+foucault&prds=eto:4496323923793266052_0;146723997377567674_0;13458400011676393091_0&sa=X&ved=0ahUKEwjCpI_h-430AhWlr5UCHYd-BVQQ9pwGCAc


https://youtu.be/IWDRSJg_XBg?t=46  

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