O Sul é o meu país, o Brasil a minha Pátria.
O modelo absurdamente centralizador criado pela Constituição
Federal de 1988 não é funcional. Suas fragilidades aparecem de todas as formas
possíveis e em qualquer eleição para o Congresso Nacional e a Presidência da
República prendemos a respiração, esperando quem será entronizado na corte
brasiliense e o que o(a) Presidente(a) fará e como “nossos” representantes
agirão.
Um país de dimensões continentais cobra decisões que
ultrapassam de longe a capacidade de qualquer ser humano. O resultado dessa
utopia, uma federação de estados sem autonomia e subordinados de diversas
maneiras à corte federal é provavelmente a causa de nosso atraso crônico, que
nos envergonharia se pensarmos no desenvolvimento de países em situação muito
pior que o Brasil.
A Constituinte que fez nossa Carta Maior em 1988 acabou
sendo um produto confuso, prolixo e concentrador. Talvez tantos os
conservadores quanto os demais (seriam o quê?) sonhassem com um estado
fortíssimo, pseudônimo de ditadura.
Na diversidade maravilhosa de nosso povo o Governo Federal
inibe a otimização de recursos quando, talvez afetado excessivamente pelos
patrocinadores de campanhas eleitorais, enfia goela abaixo qualquer coisa via
as famigeradas Medidas Provisórias ou conchavos com sua “base parlamentar”.
Queremos e podemos viver mais próximos de quem decide nosso
futuro, talvez inibindo desculpas que confundem o eleitor. Chegamos ao ponto de
acreditar que o Governo paga a conta, esquecendo que o contribuinte direto e
indireto é o financiador de tudo o que vemos e temos.
Uma confederação possibilitaria melhor governança e ajustes
de acordo com situações regionais. O ideal, na visão de quem escreve esse
artigo, é que o Brasil fosse dividido em 5 países e vir a ser um estado
confederado, deixando com o Governo Central as Forças Armadas, a Polícia Federal,
a Política Internacional, o Banco Central, o STF e pouco mais além da
coordenação de situações de risco nacional (epidemias, guerras, conflitos entre
as unidades confederadas e pouco mais(o quê?)).
Os exemplos de confederações são muitos, vão da Suíça, Grã
Bretanha aos Estados Unidos da América do Norte.
Países excessivamente centralizadores são quase ditaduras, é
só pensar como vivem alguns povos nessa condição.
O Brasil, diante de suas dificuldades, virou espaço de decisões
demagógicas permanentes. Afinal o Governo dura pouco, podendo assumir riscos
oportunistas. Entra para a história de forma positiva se tiver sorte, deixando
a bomba explodir nas mãos dos próximos “chefes”.
Queremos democracia? Liberdade? Responsabilidades?
Vamos criar uma Constituição Confederada simples, essencial
e objetiva. Algo que dure durante séculos sem grandes alterações. As unidades
confederadas, menores (ainda assim enormes), poderão assumir riscos maiores,
servindo até de laboratório para teses que desafiarão as demais na competição
justa e necessária ao bom governo.
Nosso povo vive imerso em mídia cara e alienante. Felizmente
agora podemos usar formas alternativas de comunicação. A reforma do Estado
Brasileiro é necessária e urgente, diante de tantas falhas e equívocos dos(a)
grandes chefes em Brasília. Podemos, no cenário atual (enquanto durar a
liberdade de expressão), discutir e reformar nossa organização institucional.
Uma Confederação de países (regiões) faria, provavelmente,
um Brasil melhor, mais eficaz e realista.
Cascaes
13.1.2013
Concordo plenamente!
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