sábado, 19 de março de 2016

Presidencialismo em crise 20160319190404



Publicado em 19 de mar de 2016
Momento de conciliação e submissão ao Poder Judiciário
Vícios antigos agora, finalmente, podem ser investigados, questionados, punidos e talvez banidos de nossa história. Nosso povo foi educado para acreditar em milagres, penitências, coronéis da guarda, “autoridades”, treinado para valorizar obediências, aceitar humilhações, beijar a mão dos poderosos, acreditar em sua impotência diante do crime organizado de diversas formas etc.
Maravilhosamente a humanidade aos poucos ganha consciência de que as relações humanas locais e internacionais devem se submeter a códigos éticos modernos. A corrupção e o terrorismo, as ditaduras e caudilhismos perdem espaços e os ideais de justiça social ganham força, talvez até assustados com hipóteses absurdas de império de racistas, xenófobos, fanáticos e imperialistas em muitas regiões desse planeta cada vez menor.
O ser humano é complexo e sofre processos constantes de mutação. Algumas características, contudo, parecem reforçar-se continuamente. A vaidade, avareza, prazeres lúdicos e certezas absolutas aparecem assustadoramente em gente poderosa e de forma ridícula na maioria das pessoas.
No Brasil estamos colhendo um período desastroso de governos e politicagens em todos níveis.
O resultado da incompetência somada a outros vícios que os aparatos investigativos e judiciais mostram diariamente é a reentrada de nossa terra em mais um período de crises, desemprego, falta de recursos para serviços essenciais, crescimento absurdo de endemias e surgimento de epidemias etc.
Anaaaa! Ganhamos mais aeroportos, pistas, arenas, bondes (nas garagens), viadutos (perigosos, alguns) e presença em tribunais internacionais em torno da famosa e degenerada FIFA. Em nossa história a derrota humilhante perante a Alemanha e dívidas que espremem prefeituras e estados.
Sinal maravilhoso dos tempos modernos é a Operação Lava Jato e a eficácia da Polícia Federal, ministérios público, redes sociais e jornalismo investigativo. Parece que tudo isso pegou políticos e empresários incautos e crentes que o seu povo seria sempre composto pelos rebanhos de ovelhas dispostos a serem tosquiados e carneados.
O conflito de torcidas organizadas é normal, mas perigoso, como podemos ver após qualquer clássico de futebol.
E os militantes? Não se conformam com as manifestações de treze de março de 2016 onde a variedade incrível de posicionamentos demonstrava a unicidade em torno da vontade da moralização de nosso país e de novos heróis, com destaque para o Juiz Sérgio Moro (o perigo é a inveja, o ciúme, a vaidade de muitos outros também valorosos, mas esquecidos pela turba).
Não podemos perder o foco, é hora de iniciar um processo de limpeza do Brasil. Isso não acontecerá milagrosamente, mas dependerá de posicionamentos a favor da Justiça, a valorização da delação premiada (assustadora para muitos), a utilização de recursos modernos de registro e da investigação e associação com outros países com o propósito de moralizar seus negócios. O futuro da Humanidade depende visceralmente do abandono de hábitos perversos de relações comerciais e financeiras.
O mérito de partidos e lideranças que sempre defenderam a Justiça Social é indiscutível. Sentimos, contudo, que existe uma diferença abissal entre teses de palanque em academias e o exercício do Poder.
A liberdade e o império de leis liberais e jurisprudência eficaz, contudo, precisam ser apontados como instrumentos, inclusive, de cobrança de coerência de campanhas e discursos.
Devemos fugir do culto à personalidade e fanatismos que viabilizam massacres onde imperam.
Queremos um Brasil melhor, simplesmente, um Brasil que rejeite líderes que se perdem em suas egolatrias e pense nas crianças, nas pessoas idosas, com deficiência(s), contribuintes, trabalhadores e empreendedores...
Nossa esperança e crenças só aumentam com tribunais, magistrados e policiais que estão conquistando nosso respeito, admiração e reafirmando a certeza na importância da democracia sem ditadores.
Cascaes
19.3.2016

domingo, 12 de abril de 2015

Brasil - um país grande demais para um governo distante

Serenidade e a importância dos ajustes éticos no Brasil M2U04510







Publicado em 12 de abr de 2015
O povo brasileiro vive um drama de consciência colossal, entronizou pessoas que falharam demais, mentiram e abusaram de recursos lícitos e talvez ilícitos para se elegerem ou reelegerem, um equívoco (?) catastrófico, como descobrimos ao final de 2014 e início deste ano. Os aposentados que o digam...
Prioridades? tudo indica que na maioria dos casos foi simplesmente a conquista do Poder a qualquer preço. Talvez o que sonhavam escape de suas mãos, afinal até a Copa do Mundo que parecia deles escapou por 7 a 1.
Razões para essa tragédia grega coletiva aconteceram por efeito de muitos azares e vícios, alguns realmente surpreendentes, tais como as dificuldades da Argentina graças à atuação de especuladores maldosos norte-americanos e a má administração interna (rotina), outras marolas estrangeiras (império da especulação sem freios), uma estiagem muito rara e fortíssima, atraso de obras vitais viabilizando uma especulação feroz no Setor Elétrico (modelo institucional mercantilista para um serviço essencial), o crescimento e fortalecimento de corporações sem limites no Brasil (marajás?) e a forma caótica de gerenciamento em todos os níveis das muitas unidades e escalões (no aumentativo, normal e diminutivo) da República assim como agora a demonstração inequívoca da simbiose cancerosa entre grandes empresas e políticos de aluguel. Aconteça o que for via inquéritos e processos não existe mais dúvida entre os brasileiros de que foram lesados dolosamente em prosa e verso.
O modelo político existente e a tremenda burocratização das atividades humanas no Brasil se transformaram em solo fértil para essa praga que a Operação Lava Jato mostra com extrema competência e pavor de muita gente “boa”.
O desafio agora é corrigir dentro das nossas leis, por piores que sejam, vencer os anos que faltam para as próximas eleições e acreditar na evolução cívica de nosso povo. A degradação ética contaminou até lideranças que há alguns anos eram a nossa esperança, confiar em quem? Podemos pensar em “revolução pacífica”? Quem seria capaz de conduzi-la? Vale a pena?
E as manifestações?
São necessárias e graças às redes sociais podemos saber o que muitos brasileiros pensam sem intermediários. Com certeza os donos do Poder estão criando fatos, eventos, notícias dispersivas, para isto existe a mídia comercial que depende visceralmente de patrocínios... Paralelamente sentimos um esforço internacional de inibição das mídias sociais, elas são uma avenida para o conhecimento de detalhes constrangedores aos poderosos.
Precisamos, contudo, dar um tempo para sentir a reação concreta de nossos governantes e acreditar no Poder Judiciário.
O que mais precisa acontecer?
Ninguém é santo ou demônio, o maniqueísmo é uma doença comportamental perigosa e o açodamento poderá simplesmente desmontar o Brasil. Temos dificuldades, parece, entretanto, que gradativamente o Governo Federal, pelo menos ele, poderá corrigir alguns de seus vícios e superar dificuldades que ainda teremos adiante.
O que realmente será de imenso valor para o Brasil?
Precisamos de um estadista, um político que se metamorfoseie em diplomata e gerente eficaz desse imenso espaço de brasileiros mais e mais divididos e revoltados. Isso é possível. Ao longo da história das grandes nações encontramos lideranças que cresceram e venceram situações gravíssimas, apesar de biografias precedentes altamente negativas.
Tudo indica que no Palácio Alvorada a Presidência sentiu o peso das manifestações populares e de inúmeras entidades que se atreveram a mostrar a cara. Nossa esperança é que esse exemplo seja irradiado para o Congresso Nacional e outros poderes explícitos ou não. Em alguns estados e municípios as correções poderão ser mais enérgicas, o fundamental é que o Brasil não descambe para guerras e conflitos (padrão torcida organizada) violentos que todos sabem como começam mas são incapazes de prever o futuro. Afinal o ser humano é o que é.
Erramos, agora vamos ter que conviver com uma seleção mal formada até que dentro das regras democráticas e sem perda do que conquistamos com tantas dificuldades: a Liberdade de ser, falar, estar, etc. tenhamos tempos e lideranças melhores.
Regimes de exceção podem ser bons durante um tempo, mas normalmente deseducam e promovem retrocessos perigosíssimos, isso sem falar da reação internacional a qualquer descontinuidade democrática no Brasil.
Felizmente chegamos a um nível intelectual que viabiliza ideais de liberdade, fraternidade e igualdade, não podemos retroceder querendo fazer em meses o que não realizamos desde que o Brasil foi inventado pelos portugueses.
Cascaes
11.4.2015

Fiscalização

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