sábado, 18 de junho de 2022

A privATIZAÇÃO DA PETROBRAS

 

A PETROBRAS e os preços dos combustíveis abrem uma ferida que sempre inflama quando as decisões e a gênese dessa empresa aparecem.

Sem contar a corrupção que a Operação Lava Jato mostrou em detalhes, a concessionária tem, por estatuto, que oferecer o petróleo a preços internacionais.

Atraiu investidores, agora pagamos o preço.

Precisa ser vendida pois o atual governo extrapolou sua dose de imprevidências e abusos.

O balanço deve fechar.

Nada teria impedido que o Brasil já tivesse uma Petrolinha, uma segunda Petrobras. Isso aconteceu com a Eletrosul...

Temos petróleo, não precisaríamos estar importando.

Infelizmente o melhor campo foi vendido, LULA.

As refinarias pararam nas negociações políticas.

Precisamos de refinarias para o Petróleo do Pé Sal e outros.

O Brasil faria isso com um “pé nas costas”.  Preferem fazer política da pior espécie.

Os especuladores e banqueiros agradecem a instabilidade das bolsas brasileiras. Os juros continuam subindo. Óbvio, tudo aqui depende de combustíveis fósseis, ou melhor, ufa, uma parte considerável, principalmente o transporte de carga e o coletivo.

O povo paga.

Rico não sente.

Nosso Messias foi batizado no Rio Jordão com um bispo “made Brazil”, será que a blasfêmia está sendo castigada?

Teremos CPI?

Seria interessante submeter a Petrobras a uma análise de especialistas. Não é hora para inquéritos políticos.

Nossa antiga holding do Petróleo é um filê respeitável, assim como outras estatais.

Talvez não existam opções.

Teremos tudo a preços internacionais?

Nossa esperança é que a banana não se torne uma commodity.

Temos até bananas com duas pernas...

 

João Carlos Cascaes

Curitiba

18.6.2022

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Instabilidade jurídica

Reunião ALJA com BONIJURIS, Luiz Fernando de Queiroz, lançamento de livros, maio de 2022, Anita Zippin,  ALBERTO  VELLOZO FERNANDES, Johatan de Carvalho ,Tânia Rosa Ferreira Cascaes, João Carlos Cascaes


quarta-feira, 16 de março de 2022

Democracia e os eleitores MVI 1186




Democracia e os eleitores, Freud explica, Nietsche, ingenuidade, extrema direita brasileira, anarquia, governo zigue zague, Bolsonaristas,  luteranos, EUA X Brasil, França, Revolução Francesa, BR 2022


domingo, 27 de fevereiro de 2022

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

O Corruptor

 O comportamento do corruptor

 

A corrupção é uma das mais importantes causas da desigualdade. A ausência de um combate adequado à corrupção aprofunda as desigualdades intoleráveis e odiosas do nosso país, assim como também o faz, talvez ainda mais, um combate inconsequente à corrupção. E é por isso que uma crítica contra o combate brasileiro à corrupção pressupõe a urdidura de soluções de aperfeiçoamento do aparato institucional anticorrupção, para que seja capaz de ultrapassar os adversos efeitos colaterais que produz.

Warde, Walfrido. O espetáculo da corrupção (p. 9). Leya. Edição do Kindle. 

A ingenuidade cria corruptos, gente que talvez jamais tenha pensado em ser parte de golpes que afetam nosso povo.

Nós, mais velhos, se tivemos funções atraentes a empresas e sistemas de poder com certeza teremos sido testados. Aprendemos e podemos agora orientar nossos descendentes, principalmente para as manhas da podridão dos negócios escusos.

A corrupção é um fenômeno mundial que já dá sinais de ações eficazes para sua redução significativa.

Políticos e governantes viciados em privilégios, negacionistas, bilionários etc. assim como lideranças políticas e moralização. Em todas as classes sociais criadas nessa lama oportunistas resistem aos esforços para saneamento da democracia.

A coletânea “A luta à corrupção em perspectiva comparada. As implicações sobre as democracias da Europa e da América Latina”, organizada pelos Professores Dr. Jacopo Paraffini e Dr. Neuro José Zambam, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito da Imed-Faculdade Meridional, é resultado do I° Seminário Italo-Brasileiro “Luta a Corrupção no Brasil, estado da arte e perspectivas futuras” realizado na Facudade de Direito de Pisa dia 19 de abril 2019, promovido conjuntamente pela IMED - Brasil e as Universidades de Perúgia de Pisa - Itália, em continuidade ao programa de internacionalização, iniciado no ano de 2014, que já compreendeu a execução de diversas atividades conjuntas como: intercâmbio docente e discente, formação, pesquisas, viagens de estudo, eventos e publicações.

 

Paffarini, Jacopo; Zambam, Neuro. A luta à corrupção em perspectiva comparada: as implicações sobre as democracias da Europa e da América Latina (p. 2). Edição do Kindle.

 

Isso não significa simplesmente teatralizar as tentativas de suborno. Muitos simplesmente exercem suas profissões, nem sempre honrosas. O verdadeiro desafio é não aceitar a corrupção, tenha a forma que for.

No passado remoto as tentativas e situações clássicas envolviam sequestros, casamentos arranjados, formação de janízaros[1], tropas de guarda pessoal etc. Privilégios, medalhas e honrarias e muito dinheiro eram distribuídos para motivar lealdade.

No Brasil atual podemos perceber mais uma vez que sem qualquer pudor dos corruptores o “toma lá, dá cá” parece valer.

Note-se que em muitos casos as consequências são assustadoras, talvez significando milhares de mortes e perdas de qualidade de vida para nosso povo.

A Democracia é feita e usada por seres humanos falíveis, imperfeitos. Suas instituições, se por algum milagre são as melhores possíveis, têm servidores talvez muito frágeis.

O que importa é a motivação e a determinação contínua e algo absolutamente necessário: bom caráter com boa educação.

Imagino que os bandidos detestam as pessoas de bons princípios. Elas atrapalham seus negócios. Que “gente chata” ...

A dimensão do cooptação depende da importância dos alvos. Pessoalmente já vivi prazeres imensos sempre pensando no que o nosso prefeito e depois governador ensinava, “se oferecerem algo aceitem, na hora de decidir decidam certo”. Roberto Requião sempre citava Sidônio Muralha (colaboradores da Wikipédia).: sabendo o que enfrentaríamos no serviço público.

Vale reproduzir parte da mensagem de Sidônio Muralha:

Parar. Parar não paro.
Esquecer. Esquecer não esqueço.
Se caráter custa caro
pago o preço.

...

Sidónio Muralha

O Dr. Sérgio Moro, pessoa que admiro irrestritamente, repetiu inúmeras vezes: “fazer a coisa certa sempre”. Ou seja, estaríamos em novos tempos se as ações surpreendentes de alguns políticos não tivessem promovido o retrocesso que presenciamos.

Tive sempre por princípio de que uma pessoa realmente amiga não lhe pedirá ato desonesto. Essa convicção só se reforçou com o tempo. A desonestidade é típica dos hipócritas. Ou seja, a amizade exige honestidade em todos os sentidos e amigos leais a bons princípios éticos e morais.

Algo extremamente desagradável é a percepção de que caímos em alguma armadilha, que a desonestidade aparentemente é sua quando alguém de máxima confiança lhe pede algo jurando seriedade e adiante descobrimos falhas lamentáveis.

Quem tem muito poder é solitário, um eremita. Precisa decidir e sabe que nem com o espelho será capaz de falar, as paredes têm ouvidos. Qualquer insinuação vale dinheiro.

Grandes decisões afetam muita gente, normalmente amigos e inimigos.

Nesse sentido a mídia é cruel pois sempre estará com a liberdade de imaginar e divulgar a pior hipótese. Honestidade não dá ibope.

No Brasil que não foi criado por puritanos (leitura imperdível, os livros de Laurentino Gomes sobre a ESCRAVIDÃO) a lógica perversa impera. A corrupção até há poucos anos era pública e notória. Os piores compradores de consciências não faziam mistério de suas estratégias.

Ao contrário, chegamos a ouvir de um amigo que “Deus dá asas para quem não sabe voar” ...

E agora?

Que tipo de desonestidade é pior? Podemos aceitar desvios de conduta?

O que é crime absoluto? Quem deve estar no banco dos réus?

Como enfrentar criminosos poderosos?

Vemos com perplexidade o desmonte de um esforço que começou com o Mensalão e culminava com a Lava Jato.  Lamentavelmente os mentores da Lava Jato erraram em formalidades e os crimes e criminosos que todo brasileiro atento sabia que existiam ficarão, provavelmente, impunes.

Obviamente ninguém é perfeito. Ninguém é tão bom quanto desejaríamos que fosse nem tão ruim quanto imaginamos.

Qualquer cidadão pode se corrigir e o fará se a dimensão de suas boas ações exigirem.

Desinteligência é inibir soluções pela radicalização de conceitos.

A Democracia exige compreensão das variações de seus líderes.

Grandes pessoas cometem grandes erros e grandes acertos e as pequenas costumam apenas errar numa pequena dimensão e fazer pequenas coisas.

Que erros seriam toleráveis?

É função dos legisladores definir limites e do Poder Judiciário julgar.

Precisamos de leis racionais e operacionais.

A imperfeição do Estado e de suas leis é uma realidade inegável.
Diante de tudo isso a Justiça deve ser pragmática? Idealista? Formalista?

Em processos revolucionários a Justiça é sumária, poderia ser diferente?

O Brasil lutava contra a corrupção, o crime organizado, a hipocrisia e o deboche de suas leis.

E agora?

Que esperança teremos?

 

 

 

João Carlos Cascaes

Curitiba, 14 de 12 de 2021



[1] Os janízaros ou janíçaro (do turco Yeniçeri, ou "Nova Força") constituíram a elite do exército dos sultões otomanos. A força, criada pelo sultão Murade I, cerca de 1365, era constituída de crianças cristãs capturadas em batalha, levadas como escravas e convertidas ao Islã.

Seu código de conduta era rigoroso e obrigava:...

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jan%C3%ADzaro#:~:text=Os%20jan%C3%ADzaros%20ou%20jan%C3%AD%C3%A7aro%20(do,escravas%20e%20convertidas%20ao%20Isl%C3%A3.

 

Fiscalização

  https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Gnome-globe.svg Fiscalização Quem fiscaliza cada serviço essencial? Que governos debilitaram a ...

Pesquisar este blog