sexta-feira, 24 de junho de 2016

A coragem de ser independente


O plebiscito realizado no Reino Unido [ (1), (2)] foi uma demonstração de democracia e liberdade incrível num planeta mais e mais estereotipado e hipócrita.
A Europa era fascinante pela sua diversidade cultural e soluções caseiras, transformou-se num mundo uniforme com algumas ruínas e museus para lembrar o passado. Com certeza alguns países lucraram e muito com a União Europeia (3), outros quebraram gastando fortunas impossíveis e agora escravizados pelo FMI e seus parceiros.
Países de dimensões continentais conseguem sobreviver sob ditaduras ferozes ou num sistema federativo padrão EUA com inúmeras formas de repressão ideológica e econômica e desprezo por aqueles que não têm competência.
Autoridade exige responsabilidade.
No Brasil vivemos sob leis, estatutos  e acordos modernos, avançados e comportamentos antigos. É fácil, Brasília, é longe demais do Brasil. Nosso padrão fiscal, feito para distribuir verbas com diversos tipos de comissões, contratos e acordos vem de crise em crise. Imaginem o que é gerenciar a empresa Brasil, é algo sobre humano.
Pior, agências reguladoras e órgãos de fiscalização aparentemente monitorados e dirigidos por interesses não confessáveis e sem liberdade real de ação fracassaram; podem agora descobrir que os fundos de pensão federais estavam quebrados, o organograma do Setor Elétrico atrasado, obras essenciais superfaturadas após a atuação de alguns heróis respeitáveis.
Devemos aprender muito com diversas separações pacíficas ou não na Europa após a II Guerra Mundial...
Estamos em uma crise monumental em que a Operação Lava Jato abriu a barriga do monstro assim como outras revelam detalhes de estados e municípios, estatais, autarquias, fundações e com certeza haveremos de conhecer mais à medida que nossos melhores detetives e policiais entrarem em detalhes no estado Brasileiro, público e privado.
Nosso Presidente em exercício (deve estar exausto de tanta ginástica) fala em novo pacto federativo. Ótimo! Excelente!
Onde? Com quem? Quando? Como?
Com certeza precisamos de mudanças. O Brasil é inadministrável diante da parafernália burocrática, legal, institucional, fiscal e acima de tudo a partir da concentração excessiva de poderes no Planalto.
Pior ainda diante da lógica do “tadinho” que entrega dinheiro do povo a quem não quer trabalhar, produzir, vamos continuar querendo viabilizar o quê?
Está na hora de aprender para mudar, e muito.

Cascaes
24.6.2016

1. United Kingdom withdrawal from the European Union. Wikipédia. [Online] [Citado em: 24 de 06 de 2016.] https://en.wikipedia.org/wiki/United_Kingdom_withdrawal_from_the_European_Union.
2. George Parker. Michael Mackenzie, Ben Hall. Britain turns its back on Europe. FINANCIAL TIMES. [Online] [Citado em: 24 de 06 de 2016.] https://next.ft.com/content/e404c2fc-3913-11e6-9a05-82a9b15a8ee7.
3. Consolidated version of the Treaty on European Union/Title VI: Final Provisions. Wikipedia. [Online] [Citado em: 24 de 06 de 2016.] https://en.wikisource.org/wiki/Consolidated_version_of_the_Treaty_on_European_Union/Title_VI:_Final_Provisions#Article_50.



sábado, 19 de março de 2016

Presidencialismo em crise 20160319190404



Publicado em 19 de mar de 2016
Momento de conciliação e submissão ao Poder Judiciário
Vícios antigos agora, finalmente, podem ser investigados, questionados, punidos e talvez banidos de nossa história. Nosso povo foi educado para acreditar em milagres, penitências, coronéis da guarda, “autoridades”, treinado para valorizar obediências, aceitar humilhações, beijar a mão dos poderosos, acreditar em sua impotência diante do crime organizado de diversas formas etc.
Maravilhosamente a humanidade aos poucos ganha consciência de que as relações humanas locais e internacionais devem se submeter a códigos éticos modernos. A corrupção e o terrorismo, as ditaduras e caudilhismos perdem espaços e os ideais de justiça social ganham força, talvez até assustados com hipóteses absurdas de império de racistas, xenófobos, fanáticos e imperialistas em muitas regiões desse planeta cada vez menor.
O ser humano é complexo e sofre processos constantes de mutação. Algumas características, contudo, parecem reforçar-se continuamente. A vaidade, avareza, prazeres lúdicos e certezas absolutas aparecem assustadoramente em gente poderosa e de forma ridícula na maioria das pessoas.
No Brasil estamos colhendo um período desastroso de governos e politicagens em todos níveis.
O resultado da incompetência somada a outros vícios que os aparatos investigativos e judiciais mostram diariamente é a reentrada de nossa terra em mais um período de crises, desemprego, falta de recursos para serviços essenciais, crescimento absurdo de endemias e surgimento de epidemias etc.
Anaaaa! Ganhamos mais aeroportos, pistas, arenas, bondes (nas garagens), viadutos (perigosos, alguns) e presença em tribunais internacionais em torno da famosa e degenerada FIFA. Em nossa história a derrota humilhante perante a Alemanha e dívidas que espremem prefeituras e estados.
Sinal maravilhoso dos tempos modernos é a Operação Lava Jato e a eficácia da Polícia Federal, ministérios público, redes sociais e jornalismo investigativo. Parece que tudo isso pegou políticos e empresários incautos e crentes que o seu povo seria sempre composto pelos rebanhos de ovelhas dispostos a serem tosquiados e carneados.
O conflito de torcidas organizadas é normal, mas perigoso, como podemos ver após qualquer clássico de futebol.
E os militantes? Não se conformam com as manifestações de treze de março de 2016 onde a variedade incrível de posicionamentos demonstrava a unicidade em torno da vontade da moralização de nosso país e de novos heróis, com destaque para o Juiz Sérgio Moro (o perigo é a inveja, o ciúme, a vaidade de muitos outros também valorosos, mas esquecidos pela turba).
Não podemos perder o foco, é hora de iniciar um processo de limpeza do Brasil. Isso não acontecerá milagrosamente, mas dependerá de posicionamentos a favor da Justiça, a valorização da delação premiada (assustadora para muitos), a utilização de recursos modernos de registro e da investigação e associação com outros países com o propósito de moralizar seus negócios. O futuro da Humanidade depende visceralmente do abandono de hábitos perversos de relações comerciais e financeiras.
O mérito de partidos e lideranças que sempre defenderam a Justiça Social é indiscutível. Sentimos, contudo, que existe uma diferença abissal entre teses de palanque em academias e o exercício do Poder.
A liberdade e o império de leis liberais e jurisprudência eficaz, contudo, precisam ser apontados como instrumentos, inclusive, de cobrança de coerência de campanhas e discursos.
Devemos fugir do culto à personalidade e fanatismos que viabilizam massacres onde imperam.
Queremos um Brasil melhor, simplesmente, um Brasil que rejeite líderes que se perdem em suas egolatrias e pense nas crianças, nas pessoas idosas, com deficiência(s), contribuintes, trabalhadores e empreendedores...
Nossa esperança e crenças só aumentam com tribunais, magistrados e policiais que estão conquistando nosso respeito, admiração e reafirmando a certeza na importância da democracia sem ditadores.
Cascaes
19.3.2016

Fiscalização

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