Eleições 2014 para a Presidência de um país mal estruturado
Podemos e devemos desafiar qualquer pai de família, gerente,
empresário, prefeito, governador etc. a dirigir seus subordinados exatamente
como pretenderiam que fossem. Se disserem que conseguem estarão mentindo.
Exceções? Tudo é possível, até isso, quem sabe. Gostaríamos que nos dissessem
de que maneira...
A Humanidade constata o ressurgimento de caudilhos,
ditadores, sistemas teoricamente democráticos; democráticos à força de mídia
ostensiva, polícias secretas, censura, terrorismo de Estado, religiões etc.
Muitos desses lugares até facilitam a fuga de dissidentes na esperança que
morram nas selvas ou mares, no mínimo que fiquem longe sem incomodar os chefes
e seus lacaios.
No Brasil quiseram manter a lógica do Império, da República
em seu nascimento, Estado Novo, Período Militar e do café com leite, do
centralismo conveniente a elites extremamente poderosas (nacionais e
estrangeiras). Nossa Constituição Federal (promulgada em 1988 e em constantes
remendos), belíssima pela expressão das melhores intenções românticas, criou
uma estrutura ingovernável e de fácil cooptação pelos piores grupos de poder.
Perdemos noção de causalidade e ela é intensivamente
estimulada pela frase “o Governo paga”, fortalecida por candidatos à
Presidência que, falando na primeira pessoa do singular, dizem “eu farei”, “eu
pagarei”, “eu criarei”. O interessante é que os pagadores de impostos não
reclamam. Quem produz e paga impostos, taxas, carimbos, licenças, multas etc.
não tem sido capaz de organizar um movimento nacional de racionalização do
estado, inviabilizando o Brasil pela omissão, leniência ou ignorância.
Na Europa vimos o debate intensivo da eficácia de
estratégias de desenvolvimento e criação de empregos. A Comunidade Europeia
gerou armadilhas que agora são quase intocáveis. Alemanha e França,
principalmente, trocam chutes e ofensas diante de situações de responsabilidade
solidária entre nações em torno da estabilidade econômica, social e política.
Aqui deveríamos estar com esses temas em evidência. Elegemos
governadores, senadores e deputados federais, será que vão enfrentar as
deficiências da União ou se resignarão a bajular a futura Presidência da
República garimpando migalhas?
Cada região brasileira possui uma personalidade própria e
riquezas e pobrezas diferentes. Como resolvê-las? Esmolas? Mantendo elites
corruptas e assumindo responsabilidades que não temos?
Com certeza somos diferentes entre nós e os argumentos e
visões diferentes merecem governos próprios.
E a União? O Governo Federal é importante no comando das
Forças Armadas, na estratégia de política exterior, na defesa de acordos
internacionais, principalmente em torno dos direitos humanos. Nem isso vemos
acontecer. A campanha eleitoral se aproxima do final e nela muito pouco vimos e
ouvimos em torno da inclusão das pessoas com deficiência, por exemplo.
Os vídeos e debates tiveram tradução para Libras? Legendas?
Talvez não merecessem tradução, afinal é rotina pedir para que esqueçamos
livros, discursos e programas partidários...
Cascaes
21.10.2014
P.S.: votar em quem?
Ilusionismo (ou Prestidigitação) é a arte performativa que tem como objetivo entreter o público dando a ilusão de que algo impossível ou sobrenatural ocorreu. Os praticantes desta atividade designam-se por ilusionistas ou mágicos.
Embora os ilusionistas aparentem desafiar as leis da física, na realidade os números por eles criados nada têm de sobrenatural, tratando-se de ilusões realizadas através de meios naturais.
Wikipédia
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