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sexta-feira, 24 de maio de 2013

A ditadura "democrática" e o Brasil mal construído


O pacto federativo, Medidas Provisórias e o Congresso Nacional
Cutucaram a onça com vara curta. Os cortes determinados pelo Banco Central, sempre refém de dívidas que merecem auditorias (CPI não vale), afetaram essa massa horrível em que se transformou a “base parlamentar” do atual governo, ótimo.
Desde a “independência” do Brasil em relação à potência menor (Portugal) a monarquia e depois a república (com letras minúsculas) atendem oligarquias, dinastias poderosas e grandes interesses de grupos donos de senzalas de toda espécie. Para esses grupos a centralização do Poder no Rio de Janeiro e agora em Brasília foi um presente valiosíssimo.
Manter o Brasil unido significou aceitar as piores influências existentes e circunstanciais.
Poderíamos ser uma Confederação de Estados independentes, com um governo central cuidando das Forças Armadas (cada vez mais fracas, ao gosto e prazer das grandes potências) e com um super-avião cheio de camas, bares, discotecas etc. para o titular da Confederação viajar para onde quisesse.
Temos um governo federal que insiste em fazer o papel de prefeito, governador e ditador, pode? É isso que os brasileiros desejam?
Até pode ser, afinal, quem aceitando termos absurdos de uma federação internacional de futebol profissional apoiaria a Copa do Mundo no Brasil, gerando inflação, desperdício do dinheiro do contribuinte, desvio de prioridades e até mudança de leis federais?
O Congresso Nacional navega ao sabor de Medidas Provisórias. Um instrumento típico das piores tiranias acontece com imensa e assustadora naturalidade, pois muitos parlamentares não resistem ao “beija mão” no Alvorada...
A centralização excessiva de poder em Brasília abre espaço para os piores instintos dos chefes de plantão, afinal o ser humano é o que é (Humano, Demasiado Humano). Reduzir o poder de pessoas em posição tão crítica é saudável até para seus titulares, parece até que o poder é cancerígeno.
Precisamos de maior autonomia para os estados e municípios.
Pode-se procurar exemplos de sucesso diferentes, mas países tão grandes (fisicamente) e com tanta diversidade cultural quanto o Brasil merecem a descentralização do Poder. Isso dará mais transparência e valorizará aquelas unidades mais eficazes, mostrando às demais como resolver seus problemas.
A situação do Brasil só tem similar em grandes ditaduras, como a da China, por exemplo, expansionista (o Tibet que o diga) e subordinada a governos fortes, talvez menos que no Brasil, onde o multipartidarismo é uma farsa.
Estamos em situação tão frágil que até advogado de mensaleiros e terroristas deverá assumir um cargo no STF, pode?
Está na hora do Brasil acordar e lembrar que somos uma grande família onde os “chefes” são educadores, e não os donos dos filhos e filhas.
Se o Congresso Nacional ainda tem um mínimo de vergonha está na hora de demonstrar rebeldia, por mais desmoralizado que esteja; não sem razão poderá ainda fazer muito pelo Brasil, quem sabe acabando com essa excrecência chamada Medida Provisória e outros dispositivos ditatoriais de nossa estrutura institucional.
Cascaes
24.5.2013

Nietzsche, F. (s.d.). Humano, Demasiado Humano (2 ed.). (A. C. Braga, Trad.) escala.


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A corrupção e o ser humano, e no Brasil?



A literatura em torno do “ser político” e do próprio “ser humano” é enorme e se enriquece nesses tempos de maior facilidade de comunicação. A história da Humanidade é uma sequência de relatos e situações de comando que podem muito bem serem ilustradas pela pirâmide de Maslow (Hierarquia de necessidades de Maslow, 2012).
Alguns autores são pessimistas, destacando-se (Nietzsche) entre outros que procuraram mostrar, como é caso de [ (Foucault, História da Loucura, 1972), (Foucault, Vigiar e Punir)] as limitações de compreensão que qualquer criança até sua idade mais avançada terá da dinâmica da sociedade. Os exemplos apresentados assustam. Para isso melhor do que agredir é pensar mais antes de agir...
Bondade ou maldade, o livro (O Cemitério de Praga, 2011) dá uma visão tétrica do século 19, isso após milhões de anos de evolução ou regressão. O fanatismo pode gerar algo como pudemos sentir de forma dramática no livro (La Commune de Paris racontée par les Parisiens , 2009), um dos mais impressionantes que já tivemos a oportunidade ler.
Com certeza as tragédias dos séculos 20 tinham base para acontecer e ninguém melhor do Eric Hobsbawm para descrevê-las com a visão do historiador e a hiperinteligência de Hannah Arendt ao explicá-las.
No Brasil temos situações que outros países mais desenvolvidos superaram ou simplesmente compensaram com extraordinária riqueza (EUA) e poder.
Precisamos, contudo, como qualquer povo que deseja se respeitar, evoluir. Isso só acontecerá se tivermos uma visão crítica de nossas instituições e lideranças, elas próprias vítimas de suas leis.
A entrevista (“Renan não é corrupto porque é mau”, 2013) diz, acima de tudo, que nosso pacto federativo está equivocado, viabilizando uma tremenda concentração de poder em Brasília, onde todos os governantes em nível inferior precisam estender os braços para conseguir algum grande projeto. Todo esse calvário que cresce do vereador à Presidência desmoraliza qualquer pessoa de boa vontade.
Não temos também disciplina técnica, metodológica. Cada eleito sonha mudar tudo e abandona quanto pode o que existir.
Nosso povo carece de educação. É inclusive estimulado a gerar filhos sem limitações, afinal nossas empresas precisam de mão de obra barata.
Eleições?
A utopia da democracia nos moldes brasileiros renova condições de renegociação de acordos impublicáveis.
Assim, carentes de boas escolas, mestres bem preparados, bibliotecas, ambientes culturais adequados, ao nosso povo é dado não um coliseu, mas dezenas de arenas para se distrair. O Brasil é um país naturalmente rico e capaz de tolerar muita coisa, assim a oferta de brioches não irrita, até por que não espera mais que carnaval, futebol, praias e esquemas para sobreviver. Evidentemente isso não se aplica à maioria dos brasileiros, mas quando vemos o sucesso de programas tipo BBB devemos com certeza pensar melhor sobre o que nós somos.
Na Europa e Ásia em pleno século 20 guerras absurdas foram criadas por nações consideradas desenvolvidas.
Fica, pois, a dúvida. Nietsche, Maquiavel e outros da linha deles estavam certos?
Cascaes
5.2.2013

Hierarquia de necessidades de Maslow. (5 de 6 de 2012). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia_de_necessidades_de_Maslow
AL’HANATI, Y. (3 de 2 de 2013). “Renan não é corrupto porque é mau”. Gazeta do Povo.
Eco, U. (2011). O Cemitério de Praga. São Paulo: Editora Record.
Foucault, M. (1972). História da Loucura. (J. T. Neto, Trad.) São Paulo: Pespectiva.
Foucault, M. (s.d.). Vigiar e Punir. Vozes.
Lecaillon, J.-F. (2009). La Commune de Paris racontée par les Parisiens . Paris: Bernard Giovanangeli Éditeur.
Nietzsche, F. (s.d.). Humano, Demasiado Humano (2 ed.). (A. C. Braga, Trad.) escala.



Fiscalização

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