quinta-feira, 25 de abril de 2013

Acreditar em quem?


O Brasil tem que tipo de futuro ético?
O sistema parlamentarista, graças ao voto obrigatório, à ignorância funcional de boa parte de nosso povo, à miséria material e moral está dando sinais de imensa deterioração. Talvez tudo isso seja natural num país onde em muitos lugares a escravidão camuflada e o servilismo são padrões de conduta, algo visível até em congressos e seminários de alto nível técnico em que o palestrante de alguns lugares desse imenso Brasil desperdiça boa parte do seu tempo elogiando os padrinhos queridos.
Colhemos o que plantamos e as sementes que germinam e produzem frutos dependem do solo e da própria qualidade. A Engenharia Genética, a Biologia e os agrônomos que o digam.
Regimes poderosos que atingiram o ápice no século 20 entre povos considerados desenvolvidos demonstraram, ao se comportarem de forma criminosa, violenta, xenófoba, racista etc. que a Humanidade não está ainda vacinada contra suas endemias ideológicas e religiosas.
Sonhar não é crime e lutar por ideais de fraternidade e amor ao próximo uma demonstração de afeto.
Sentimos, contudo, nossa terra nas mãos de pessoas inescrupulosas.
Nunca é demais repetir: a Constituição de 1988 foi feita para viabilizar ditaduras ao concentrar poderes absurdos na União, viabilizando ações distantes e difusas e aparentemente deixando o povo à mercê de quadrilhas instaladas em Brasília.
Jornais e revistas deste quarto mês de 2013 mostram, demonstram, exemplificam atitudes de cinismo absoluto e puro deboche à opinião pública. Vemos o STF apostando corrida com uma maioria de parlamentares que acredita que pode fazer o que quiser se em algum momento do passado demonstrou algum ativismo político, ainda que ao final daquele período delatando companheiros e condenando-os à morte após torturas inomináveis.
Os pagadores de torturadores aliaram-se inexplicavelmente aos líderes de nossa “esquerda” e assim tivemos longas décadas de miséria enquanto alguns privilegiados faziam e continuam construindo fortunas. Isso não é estranho nem privilégio nosso, a história da Humanidade tem relatos impressionantes.
Ao povo que se dê migalhas, carnaval e futebol.
O que intriga é a situação de nossa Presidenta, afinal quem é ela?
Seu antecessor ninguém duvida como usou o poder de império, só é proibido dizer com clareza o que pensamos e sabemos de sua atuação miraculosa que o transformou em sucesso de mídia e dono de algumas propriedades e empresas. Gente esperta está aí.
Pior é ler declarações rancorosas e nenhuma ação eficaz, exceto do STF e CNJ.
Dizem que tudo isso é a arte da política. Assim acordos secretos valem mais que as necessidades populares.
Em alguns casos sentimos dinastias de políticos atuando como autênticas monarquias, com direito a corte e tudo o mais...
Para quem chega à terceira idade frustrado com o resultado das lutas em que muitos amigos e companheiros pereceram ou sobreviveram com lesões brutais é espantoso sentir a vitalidade de gente que se disse combatente e agora transita com facilidade pelos porões e teatros da República.
Isso deveria ser considerado normal, afinal nações enormes e com poderes tão concentrados em único lugar criam poderes excessivos. Não podemos esquecer que o excesso de poder corrompe e a idade degrada o senso crítico...
Podemos ter esperanças nas novas gerações de brasileiros ou simplesmente seguirão os caminhos de seus pais e avós?

Cascaes
25.4.2013

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A corrupção e o ser humano, e no Brasil?



A literatura em torno do “ser político” e do próprio “ser humano” é enorme e se enriquece nesses tempos de maior facilidade de comunicação. A história da Humanidade é uma sequência de relatos e situações de comando que podem muito bem serem ilustradas pela pirâmide de Maslow (Hierarquia de necessidades de Maslow, 2012).
Alguns autores são pessimistas, destacando-se (Nietzsche) entre outros que procuraram mostrar, como é caso de [ (Foucault, História da Loucura, 1972), (Foucault, Vigiar e Punir)] as limitações de compreensão que qualquer criança até sua idade mais avançada terá da dinâmica da sociedade. Os exemplos apresentados assustam. Para isso melhor do que agredir é pensar mais antes de agir...
Bondade ou maldade, o livro (O Cemitério de Praga, 2011) dá uma visão tétrica do século 19, isso após milhões de anos de evolução ou regressão. O fanatismo pode gerar algo como pudemos sentir de forma dramática no livro (La Commune de Paris racontée par les Parisiens , 2009), um dos mais impressionantes que já tivemos a oportunidade ler.
Com certeza as tragédias dos séculos 20 tinham base para acontecer e ninguém melhor do Eric Hobsbawm para descrevê-las com a visão do historiador e a hiperinteligência de Hannah Arendt ao explicá-las.
No Brasil temos situações que outros países mais desenvolvidos superaram ou simplesmente compensaram com extraordinária riqueza (EUA) e poder.
Precisamos, contudo, como qualquer povo que deseja se respeitar, evoluir. Isso só acontecerá se tivermos uma visão crítica de nossas instituições e lideranças, elas próprias vítimas de suas leis.
A entrevista (“Renan não é corrupto porque é mau”, 2013) diz, acima de tudo, que nosso pacto federativo está equivocado, viabilizando uma tremenda concentração de poder em Brasília, onde todos os governantes em nível inferior precisam estender os braços para conseguir algum grande projeto. Todo esse calvário que cresce do vereador à Presidência desmoraliza qualquer pessoa de boa vontade.
Não temos também disciplina técnica, metodológica. Cada eleito sonha mudar tudo e abandona quanto pode o que existir.
Nosso povo carece de educação. É inclusive estimulado a gerar filhos sem limitações, afinal nossas empresas precisam de mão de obra barata.
Eleições?
A utopia da democracia nos moldes brasileiros renova condições de renegociação de acordos impublicáveis.
Assim, carentes de boas escolas, mestres bem preparados, bibliotecas, ambientes culturais adequados, ao nosso povo é dado não um coliseu, mas dezenas de arenas para se distrair. O Brasil é um país naturalmente rico e capaz de tolerar muita coisa, assim a oferta de brioches não irrita, até por que não espera mais que carnaval, futebol, praias e esquemas para sobreviver. Evidentemente isso não se aplica à maioria dos brasileiros, mas quando vemos o sucesso de programas tipo BBB devemos com certeza pensar melhor sobre o que nós somos.
Na Europa e Ásia em pleno século 20 guerras absurdas foram criadas por nações consideradas desenvolvidas.
Fica, pois, a dúvida. Nietsche, Maquiavel e outros da linha deles estavam certos?
Cascaes
5.2.2013

Hierarquia de necessidades de Maslow. (5 de 6 de 2012). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia_de_necessidades_de_Maslow
AL’HANATI, Y. (3 de 2 de 2013). “Renan não é corrupto porque é mau”. Gazeta do Povo.
Eco, U. (2011). O Cemitério de Praga. São Paulo: Editora Record.
Foucault, M. (1972). História da Loucura. (J. T. Neto, Trad.) São Paulo: Pespectiva.
Foucault, M. (s.d.). Vigiar e Punir. Vozes.
Lecaillon, J.-F. (2009). La Commune de Paris racontée par les Parisiens . Paris: Bernard Giovanangeli Éditeur.
Nietzsche, F. (s.d.). Humano, Demasiado Humano (2 ed.). (A. C. Braga, Trad.) escala.



quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O padrão de governança do Brasil é eficaz? Um exemplo tétrico, o incêndio da Boate Kiss.


Grandes falhas humanas e técnicas
Na Copel era um padrão de avaliação informal entre nós que trabalhávamos na linha de frente que os acidentes costumam acontecer com eletricistas novos (sem experiência) e os velhos (excessivamente confiantes).
É óbvio que a ignorância propicie falhas humanas, inaceitável é sentir que a empáfia de pessoas que deviam ser mais cuidadosas acaba criando critérios próprios de avaliação e, assim, gerando acidentes terríveis.
Tudo fica pior quando existe politização e outras conveniências contaminando e inibindo auditorias.
É rotina das conclusões de análises honestas e bem feitas de acidentes graves que um conjunto de falhas viabilizam tragédias, isso vai de Chernobyl à central de Fukushima, da Baía de Minamata ao derrame de óleo no Rio Iguaçu pela REPAR, dos acidentes aéreos inacreditáveis aos grandes incêndios, ou seja, dos grandes aos pequenos acidentes podemos descobrir que um conjunto de erros humanos e técnicos matou e deixou sequelas permanentes em pessoas que alguns minutos antes nem imaginavam o que lhes viria acontecer.
Grandes e bons filósofos chamaram a atenção para isso que sociólogos notáveis sabem, mais ainda os médicos que acompanham a saúde mental das pessoas. Temos um período de máxima competência e depois iniciamos um processo de regressão perigoso, pois nunca saberemos quando silenciar.
No Brasil temos pessoas notáveis dizendo e fazendo imprudências incríveis. Por quê?
Parece que ambições políticas são mais importantes que a segurança física e econômica da nação.
Como evitar esses surtos megalomaníacos?
Felizmente graças aos mais modernos meios de comunicação e processamento de dados que não cessam de progredir podemos trocar informações em ambiente universal. Instrumentos de gravação de som e imagem custam cada vez menos e não precisamos de padrões elevados de registro para capturar o que dizem e fazem. Grandes redes sociais e sistemas de arquivo permitem a divulgação de que descobrimos. O que falta?
Coragem e determinação de dizer e mostrar o que sabemos e que deve ser divulgado e corrigido.
O incêndio na Boate Kiss não teria acontecido se os mestres das sete universidades daquela cidade conhecessem melhor o local onde seus alunos costumavam se divertir. Autoridades deviam saber que a ausência de normas técnicas para esses locais era uma temeridade. O Corpo de Bombeiros se usasse ferramentas mais adequadas do que marretas teria aberto as paredes com rapidez, enfim, falando dos mordomos, se os seguranças fossem também uma brigada local anti-incêndio tudo seria menos grave. O local onde a maioria dos corpos foi encontrada diz tudo.
Infelizmente já estamos em período eleitoral, assim querem auditorias rápidas, descobrir bodes expiatórios de imediato, fazer manifestações simbólicas e esquecer rapidamente o que aconteceu.
Essa é a rotina brasileira. Com algum afago os grandes acidentes são empurrados para debaixo do tapete até que outro semelhante aconteça.
O que, por exemplo, nossas estradas causam, sendo mal feitas, insuficientes, sem opções adequadas e recursos de atendimento emergencial, matando mais de quarenta mil brasileiros e brasileiras todo ano além de deixar centenas de milhares com sequelas de todo tipo é algo já rotineiro.
O importante é o que a FIFA exige...

Cascaes
30.1.2013

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A República Café com Leite de volta


A República Café com Leite
O modelo político brasileiro atual fortaleceu uma estratégia de “política” que redundou in diversos atos de força e rupturas dolorosas. O Mau governo era secundário, o fundamental a alternância entre dois polos de poder, Minas Gerais e São Paulo.
Até políticos ou personagens com aspiração política nascidos em outras regiões criam sua base em algum desses dois estados, eventualmente no Rio de Janeiro, que, apesar de seu significado, ficava para trás. .
O Brasil apaixona políticos de todos os estados que, para ascenderem em suas carreiras, acabam aceitando o jogo discreto dos estados hegemônicos. Muitos poderão dizer que merecem sê-lo, sim, pois souberam inibir o desenvolvimento de estados e regiões menos preparadas para enfrentá-los.
Podemos dizer isso após inúmeras situações que não descrevemos, pois com certeza exigiriam retratações... Felizmente agora existem filmadoras e gravadores baratos, pode-se documentar coisas que antigamente eram ditas abertamente sem medo de virarem notícia.
Uma maneira natural de se evitar isso seria a transformação do Brasil em Confederação de regiões independentes com um governo central para cuidar de coisas que realmente lhe competem.
Exemplos não faltam de confederações bem sucedidas, sendo que os Estados Unidos da América do Norte demonstram após dois séculos de estabilidade institucional o que uma Confederação bem estruturada é capaz de ser e fazer.
O caudilhismo está de volta à América do Sul. Isso é assustador e as tentações são grandes. Havendo censura política e promoção da alienação tudo é possível.
Com certeza temos remédio. Já experimentamos demais. Podemos escolher caminhos mais seguros.
Maior independência das 5 regiões (vamos economizar em cargos políticos), focando nas necessidades regionais, liberdade e respeito a padrões culturais locais, às necessidades reais e, acima de tudo, estimulando ações eficazes, fugindo do tenebroso “o governo paga” estaremos no caminho justo e necessário a um futuro melhor.
Não podemos, portanto, ficar passivos vendo velhas raposas ajustando suas armas enquanto nos distraímos com a FIFA, BBB, novelas e outras coisas.
O Brasil pode e deve crescer, precisa, contudo, sofrer um processo de otimização de suas instituições. Por melhor que seja a nossa Presidenta, e assim sendo ela está demonstrando os erros de governos passados, devemos pensar em bons governos , tão eficazes quanto possíveis, dentro de uma organização de Estado que valorize a meritocracia. Erros que custaram fábulas de dinheiro ao povo brasileiro, sem contar os efeitos do que era necessário e não foi realizado, não podem ser repetidos.
Enquanto a liberdade existir devemos, tão pacificamente quanto possível, lutar para que nosso Brasil ganhe a Copa das metas ODM (Cascaes), que seja um pais decente, justo e eficaz.
As eleições de 2014 já começaram. Isso é ruim. Quem está atrapalhando quem? Já decidiram quem serão os candidatos? Quem escolheu esses eleitores?
Infelizmente “nossa” democracia precisa de muito dinheiro para que as campanhas aconteçam, assim podemos imaginar quem terá poder de realmente eleger o futuro presidente(a) do Brasil.

Cascaes
15.1.2013

Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Ações ODM em Curitiba e RMC: http://odmcuritiba.blogspot.com.br/




Fiscalização

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