quinta-feira, 7 de março de 2013
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
A corrupção e o ser humano, e no Brasil?
A literatura em torno do “ser político” e do próprio “ser
humano” é enorme e se enriquece nesses tempos de maior facilidade de
comunicação. A história da Humanidade é uma sequência de relatos e situações de
comando que podem muito bem serem ilustradas pela pirâmide de Maslow (Hierarquia de necessidades de Maslow, 2012) .
Alguns autores são pessimistas, destacando-se (Nietzsche) entre outros que
procuraram mostrar, como é caso de [ (Foucault, História da Loucura,
1972) ,
(Foucault, Vigiar e Punir) ] as limitações de
compreensão que qualquer criança até sua idade mais avançada terá da dinâmica
da sociedade. Os exemplos apresentados assustam. Para isso melhor do que
agredir é pensar mais antes de agir...
Bondade ou maldade, o livro (O Cemitério de Praga, 2011) dá uma visão tétrica
do século 19, isso após milhões de anos de evolução ou regressão. O fanatismo
pode gerar algo como pudemos sentir de forma dramática no livro (La Commune de Paris racontée par les Parisiens ,
2009) ,
um dos mais impressionantes que já tivemos a oportunidade ler.
Com certeza as tragédias dos séculos 20 tinham base para
acontecer e ninguém melhor do Eric Hobsbawm para descrevê-las com a visão do
historiador e a hiperinteligência de Hannah Arendt ao explicá-las.
No Brasil temos situações que outros países mais
desenvolvidos superaram ou simplesmente compensaram com extraordinária riqueza
(EUA) e poder.
Precisamos, contudo, como qualquer povo que deseja se
respeitar, evoluir. Isso só acontecerá se tivermos uma visão crítica de nossas
instituições e lideranças, elas próprias vítimas de suas leis.
A entrevista (“Renan não é corrupto porque é mau”, 2013) diz, acima de tudo,
que nosso pacto federativo está equivocado, viabilizando uma tremenda
concentração de poder em Brasília, onde todos os governantes em nível inferior
precisam estender os braços para conseguir algum grande projeto. Todo esse
calvário que cresce do vereador à Presidência desmoraliza qualquer pessoa de
boa vontade.
Não temos também disciplina técnica, metodológica. Cada eleito
sonha mudar tudo e abandona quanto pode o que existir.
Nosso povo carece de educação. É inclusive estimulado a
gerar filhos sem limitações, afinal nossas empresas precisam de mão de obra
barata.
Eleições?
A utopia da democracia nos moldes brasileiros renova
condições de renegociação de acordos impublicáveis.
Assim, carentes de boas escolas, mestres bem preparados,
bibliotecas, ambientes culturais adequados, ao nosso povo é dado não um
coliseu, mas dezenas de arenas para se distrair. O Brasil é um país
naturalmente rico e capaz de tolerar muita coisa, assim a oferta de brioches
não irrita, até por que não espera mais que carnaval, futebol, praias e
esquemas para sobreviver. Evidentemente isso não se aplica à maioria dos
brasileiros, mas quando vemos o sucesso de programas tipo BBB devemos com
certeza pensar melhor sobre o que nós somos.
Na Europa e Ásia em pleno século 20 guerras absurdas foram
criadas por nações consideradas desenvolvidas.
Fica, pois, a dúvida. Nietsche, Maquiavel e outros da linha
deles estavam certos?
Cascaes
5.2.2013
Hierarquia de necessidades de Maslow. (5 de 6 de 2012). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia
livre.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia_de_necessidades_de_Maslow
AL’HANATI, Y. (3 de 2 de 2013). “Renan não é corrupto
porque é mau”. Gazeta do Povo.
Eco, U. (2011). O Cemitério de Praga. São
Paulo: Editora Record.
Foucault, M. (1972). História da Loucura. (J.
T. Neto, Trad.) São Paulo: Pespectiva.
Foucault, M. (s.d.). Vigiar e Punir. Vozes.
Lecaillon, J.-F. (2009). La Commune de Paris
racontée par les Parisiens . Paris: Bernard Giovanangeli Éditeur.
Nietzsche, F. (s.d.). Humano, Demasiado Humano
(2 ed.). (A. C. Braga, Trad.) escala.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
O padrão de governança do Brasil é eficaz? Um exemplo tétrico, o incêndio da Boate Kiss.
Grandes falhas humanas e técnicas
Na Copel era um padrão de avaliação informal entre nós que
trabalhávamos na linha de frente que os acidentes costumam acontecer com eletricistas
novos (sem experiência) e os velhos (excessivamente confiantes).
É óbvio que a ignorância propicie falhas humanas,
inaceitável é sentir que a empáfia de pessoas que deviam ser mais cuidadosas
acaba criando critérios próprios de avaliação e, assim, gerando acidentes
terríveis.
Tudo fica pior quando existe politização e outras
conveniências contaminando e inibindo auditorias.
É rotina das conclusões de análises honestas e bem feitas de
acidentes graves que um conjunto de falhas viabilizam tragédias, isso vai de
Chernobyl à central de Fukushima, da Baía de Minamata ao derrame de óleo no Rio
Iguaçu pela REPAR, dos acidentes aéreos inacreditáveis aos grandes incêndios,
ou seja, dos grandes aos pequenos acidentes podemos descobrir que um conjunto
de erros humanos e técnicos matou e deixou sequelas permanentes em pessoas que
alguns minutos antes nem imaginavam o que lhes viria acontecer.
Grandes e bons filósofos chamaram a atenção para isso que sociólogos
notáveis sabem, mais ainda os médicos que acompanham a saúde mental das
pessoas. Temos um período de máxima competência e depois iniciamos um processo
de regressão perigoso, pois nunca saberemos quando silenciar.
No Brasil temos pessoas notáveis dizendo e fazendo
imprudências incríveis. Por quê?
Parece que ambições políticas são mais importantes que a
segurança física e econômica da nação.
Como evitar esses surtos megalomaníacos?
Felizmente graças aos mais modernos meios de comunicação e
processamento de dados que não cessam de progredir podemos trocar informações
em ambiente universal. Instrumentos de gravação de som e imagem custam cada vez
menos e não precisamos de padrões elevados de registro para capturar o que
dizem e fazem. Grandes redes sociais e sistemas de arquivo permitem a
divulgação de que descobrimos. O que falta?
Coragem e determinação de dizer e mostrar o que sabemos e
que deve ser divulgado e corrigido.
O incêndio na Boate Kiss não teria acontecido se os mestres
das sete universidades daquela cidade conhecessem melhor o local onde seus
alunos costumavam se divertir. Autoridades deviam saber que a ausência de
normas técnicas para esses locais era uma temeridade. O Corpo de Bombeiros se
usasse ferramentas mais adequadas do que marretas teria aberto as paredes com
rapidez, enfim, falando dos mordomos, se os seguranças fossem também uma
brigada local anti-incêndio tudo seria menos grave. O local onde a maioria dos corpos
foi encontrada diz tudo.
Infelizmente já estamos em período eleitoral, assim querem
auditorias rápidas, descobrir bodes expiatórios de imediato, fazer
manifestações simbólicas e esquecer rapidamente o que aconteceu.
Essa é a rotina brasileira. Com algum afago os grandes
acidentes são empurrados para debaixo do tapete até que outro semelhante aconteça.
O que, por exemplo, nossas estradas causam, sendo mal
feitas, insuficientes, sem opções adequadas e recursos de atendimento emergencial,
matando mais de quarenta mil brasileiros e brasileiras todo ano além de deixar centenas
de milhares com sequelas de todo tipo é algo já rotineiro.
O importante é o que a FIFA exige...
Cascaes
30.1.2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
A República Café com Leite de volta
A República Café com Leite
O modelo político brasileiro atual fortaleceu uma estratégia
de “política” que redundou in diversos atos de força e rupturas dolorosas. O
Mau governo era secundário, o fundamental a alternância entre dois polos de
poder, Minas Gerais e São Paulo.
Até políticos ou personagens com aspiração política nascidos
em outras regiões criam sua base em algum desses dois estados, eventualmente no
Rio de Janeiro, que, apesar de seu significado, ficava para trás. .
O Brasil apaixona políticos de todos os estados que, para
ascenderem em suas carreiras, acabam aceitando o jogo discreto dos estados
hegemônicos. Muitos poderão dizer que merecem sê-lo, sim, pois souberam inibir
o desenvolvimento de estados e regiões menos preparadas para enfrentá-los.
Podemos dizer isso após inúmeras situações que não
descrevemos, pois com certeza exigiriam retratações... Felizmente agora existem
filmadoras e gravadores baratos, pode-se documentar coisas que antigamente eram
ditas abertamente sem medo de virarem notícia.
Uma maneira natural de se evitar isso seria a transformação
do Brasil em Confederação de regiões independentes com um governo central para
cuidar de coisas que realmente lhe competem.
Exemplos não faltam de confederações bem sucedidas, sendo
que os Estados Unidos da América do Norte demonstram após dois séculos de
estabilidade institucional o que uma Confederação bem estruturada é capaz de
ser e fazer.
O caudilhismo está de volta à América do Sul. Isso é
assustador e as tentações são grandes. Havendo censura política e promoção da
alienação tudo é possível.
Com certeza temos remédio. Já experimentamos demais. Podemos
escolher caminhos mais seguros.
Maior independência das 5 regiões (vamos economizar em
cargos políticos), focando nas necessidades regionais, liberdade e respeito a
padrões culturais locais, às necessidades reais e, acima de tudo, estimulando
ações eficazes, fugindo do tenebroso “o governo paga” estaremos no caminho
justo e necessário a um futuro melhor.
Não podemos, portanto, ficar passivos vendo velhas raposas
ajustando suas armas enquanto nos distraímos com a FIFA, BBB, novelas e outras
coisas.
O Brasil pode e deve crescer, precisa, contudo, sofrer um
processo de otimização de suas instituições. Por melhor que seja a nossa
Presidenta, e assim sendo ela está demonstrando os erros de governos passados,
devemos pensar em bons governos , tão eficazes quanto possíveis, dentro de uma
organização de Estado que valorize a meritocracia. Erros que custaram fábulas
de dinheiro ao povo brasileiro, sem contar os efeitos do que era necessário e
não foi realizado, não podem ser repetidos.
Enquanto a liberdade existir devemos, tão pacificamente
quanto possível, lutar para que nosso Brasil ganhe a Copa das metas ODM (Cascaes) , que seja um pais
decente, justo e eficaz.
As eleições de 2014 já começaram. Isso é ruim. Quem está
atrapalhando quem? Já decidiram quem serão os candidatos? Quem escolheu esses
eleitores?
Infelizmente “nossa” democracia precisa de muito dinheiro
para que as campanhas aconteçam, assim podemos imaginar quem terá poder de
realmente eleger o futuro presidente(a) do Brasil.
Cascaes
15.1.2013
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Ações ODM em Curitiba e
RMC: http://odmcuritiba.blogspot.com.br/
sábado, 12 de janeiro de 2013
O Sul é o meu país, o Brasil a minha Pátria.
O Sul é o meu país, o Brasil a minha Pátria.
O modelo absurdamente centralizador criado pela Constituição
Federal de 1988 não é funcional. Suas fragilidades aparecem de todas as formas
possíveis e em qualquer eleição para o Congresso Nacional e a Presidência da
República prendemos a respiração, esperando quem será entronizado na corte
brasiliense e o que o(a) Presidente(a) fará e como “nossos” representantes
agirão.
Um país de dimensões continentais cobra decisões que
ultrapassam de longe a capacidade de qualquer ser humano. O resultado dessa
utopia, uma federação de estados sem autonomia e subordinados de diversas
maneiras à corte federal é provavelmente a causa de nosso atraso crônico, que
nos envergonharia se pensarmos no desenvolvimento de países em situação muito
pior que o Brasil.
A Constituinte que fez nossa Carta Maior em 1988 acabou
sendo um produto confuso, prolixo e concentrador. Talvez tantos os
conservadores quanto os demais (seriam o quê?) sonhassem com um estado
fortíssimo, pseudônimo de ditadura.
Na diversidade maravilhosa de nosso povo o Governo Federal
inibe a otimização de recursos quando, talvez afetado excessivamente pelos
patrocinadores de campanhas eleitorais, enfia goela abaixo qualquer coisa via
as famigeradas Medidas Provisórias ou conchavos com sua “base parlamentar”.
Queremos e podemos viver mais próximos de quem decide nosso
futuro, talvez inibindo desculpas que confundem o eleitor. Chegamos ao ponto de
acreditar que o Governo paga a conta, esquecendo que o contribuinte direto e
indireto é o financiador de tudo o que vemos e temos.
Uma confederação possibilitaria melhor governança e ajustes
de acordo com situações regionais. O ideal, na visão de quem escreve esse
artigo, é que o Brasil fosse dividido em 5 países e vir a ser um estado
confederado, deixando com o Governo Central as Forças Armadas, a Polícia Federal,
a Política Internacional, o Banco Central, o STF e pouco mais além da
coordenação de situações de risco nacional (epidemias, guerras, conflitos entre
as unidades confederadas e pouco mais(o quê?)).
Os exemplos de confederações são muitos, vão da Suíça, Grã
Bretanha aos Estados Unidos da América do Norte.
Países excessivamente centralizadores são quase ditaduras, é
só pensar como vivem alguns povos nessa condição.
O Brasil, diante de suas dificuldades, virou espaço de decisões
demagógicas permanentes. Afinal o Governo dura pouco, podendo assumir riscos
oportunistas. Entra para a história de forma positiva se tiver sorte, deixando
a bomba explodir nas mãos dos próximos “chefes”.
Queremos democracia? Liberdade? Responsabilidades?
Vamos criar uma Constituição Confederada simples, essencial
e objetiva. Algo que dure durante séculos sem grandes alterações. As unidades
confederadas, menores (ainda assim enormes), poderão assumir riscos maiores,
servindo até de laboratório para teses que desafiarão as demais na competição
justa e necessária ao bom governo.
Nosso povo vive imerso em mídia cara e alienante. Felizmente
agora podemos usar formas alternativas de comunicação. A reforma do Estado
Brasileiro é necessária e urgente, diante de tantas falhas e equívocos dos(a)
grandes chefes em Brasília. Podemos, no cenário atual (enquanto durar a
liberdade de expressão), discutir e reformar nossa organização institucional.
Uma Confederação de países (regiões) faria, provavelmente,
um Brasil melhor, mais eficaz e realista.
Cascaes
13.1.2013
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
FPE - um exemplo de que muita coisa precisa mudar
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http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?tl=1&id=1334386&tit=Impasse-do-FPE-revela-distorcoes-do-pacto-federativo
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